A
LDO (Lei de diretrizes Orçamentárias) de 2015 prevê a criação de 28.957 cargos,
fora as vagas de reposição, em caso de aposentadoria ou demissão do servidor.
Jackeline
Campos, 36, foi aprovada no concurso do Tribunal de Justiça, e agora estuda pra
concorrer a um posto de juíza
Desse
total, 13.974 são para o Poder Executivo, Banco Central, Receita Federal,
Ministério da Fazenda e INSS. Outras cerca de 15 mil vagas são para a área de
Justiça, como tribunais (9.177), Defensoria Pública (3.897) e Ministério
Público da União (1.879).
Entretanto,
a concorrência também deve aumentar, em razão do quadro de estagnação
econômica. “Quando a economia dá sinais de problemas, é normal que as pessoas
se voltem para a carreira pública. Então, 2015 será um ano com muitos
concursos, mas também com muitos concorrentes”, diz Marco Antônio Araújo Jr., vice-presidente
do Damásio Educacional e presidente da Anpac (Associação Nacional de Proteção e
Apoio aos Concursos).
Para
ele, a expectativa de cortes de gastos do governo federal não deve influenciar
o quadro. “É um discurso padrão porque vagas públicas são sempre motivo de
discórdia com a população, mas é algo que efetivamente é difícil de ser
cortado. No máximo, o número de vagas previstas pode diminuir”, opina.
Entre
as provas mais aguardadas estão as da Receita Federal, que deverá oferecer
2.000 vagas de nível superior com salários entre R$ 9.172 e R$ 15.339. No ano
passado, o órgão abriu concurso para vagas de nível médio com apenas 278 vagas.
O
INSS também terá número de oportunidades recorde: serão quase 5.000 com opções
para nível médio e superior com remuneração inicial de R$ 4.401 a R$ 10.057.
Essa previsão de vagas pode sofrer alterações, mas a expectativa é que cada um
desses concursos tenha 1,5 milhão de inscritos.
ESTRATÉGIA
“É
comum que os candidatos optem por cargos com menor concorrência e salário um
pouco mais baixo, para poderem já conseguir uma vaga no setor público e terem
mais tempo de estudar para as vagas mais concorridas”, diz Evandro Guedes,
presidente-executivo do site de aulas on-line Alfacon.
Dentro
dessa meta, quem quer concorrer a um cargo de nível médio pode buscar as provas
do IBGE, que terá mil para técnico em informações geográficas e estatísticas,
com remuneração de R$ 3.000, ou optar pela vaga que exige ensino superior, de
analista e tecnologista, com salário de R$ 7.000.
Foi
apostando em cargos mais baixos que a técnica judiciária Jackeline Campos, 36,
conseguiu abrir a primeira porta na carreira pública. Ela trabalhou como
técnica e analista no Tribunal de Justiça de Pernambuco e é servidora pública
da Justiça Federal de São Paulo há três anos.
No
entanto, ela segue estudando para tentar uma vaga de magistratura. “Estudar tem
um custo alto: são inscrições caras, livros, cursos, viagens para fazer prova,
então precisava de recursos para me manter. Hoje parte de minha remuneração é
para custear meu sonho”, diz.
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