MA adota software que possibilita
cruzamento de dados de detentos
Secretária do Paraná, Maria Tereza Gomes, apresentou ferramenta que gerencia sistema carcerário (Foto: Lenno Edroaldo/G1) |
Um
software de business inteligence (BI) passa a ser utilizado pelo governo do
Maranhão para gerenciar o sistema carcerário do estado a partir desta
sexta-feira (17). A ferramenta possibilita fazer o cruzamento de dados do Poder
Executivo, Judiciário e Ministério Público, em relação à situação de cada preso.
O
BI vai ser utilizado no mutirão carcerário que está ocorrendo em São Luís. O
software permite realizar o controle da população carcerária e a regulação da
porta de entrada e saída do sistema penal com agilidade.
"O
foco nesse momento é o controle da situação jurídica dos encarcerados. Não vai
mais ser preciso sair do gabinete para saber exatamente quem tem direito à
progressão em sua pena, por exemplo", explicou a secretária de Justiça,
Cidadania e Direitos Humanos do Paraná, Maria Tereza Uille Gomes, durante
coletiva de imprensa no Palácio dos Leões, em São Luís, nesta sexta-feira (17).
A
medida já foi adotada há três anos, no Paraná. Um dos resultados foi a
diminuição da população carcerária. De acordo com a secretária, do início de
2011 até este ano, houve redução no número de presos, de 30.449 para 28.027
detentos.
Comitê
O
Comitê de Gestão Integrada, criado pelo governo do Maranhão e Ministério da
Justiça para combater a crise do sistema carcerário do estado, esteve reunido
por mais de quatro horas no Palácio dos Leões para apresentar os primeiros resultados
nesta sexta-feira (17).
A
criação do Comitê de Gestão Integrada do governo do Maranhão foi uma das 11
medidas do plano emergencial de combate à violência no sistema carcerário do
estado (veja na lista abaixo) apresentadas pela governadora maranhense, ao lado
do ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, no dia 9 de janeiro.
O
objetivo do comitê é integrar as ações dos órgãos ligados à segurança pública
do Maranhão, como o Tribunal de Justiça, Ministério Público, Defensoria
Pública, Polícias Militar, Civil e Rodoviária Federal, Assembleia Legislativa e
secretarias de estado.
Medidas
do plano emergencial do governo estadual e federal:
1.
A criação do Comitê Gestor de Ações Integradas;
2.
Remoção de presos;
3.
Mutirão das Defensorias Públicas;
4.
Plano de ação integrada de inteligência prisional;
5.
Reforço no auxílio da Força Nacional;
6.
Plano de Ação Integrada de Inteligência e Segurança Nacional;
7.
Instalação de núcleo de atendimento a familiares de presos (saúde e assistência
psicológica);
8.
Integração do Ministério Público e Poder Judiciário;
9.
Implantação de plano de atendimento e capacitação para policiais que estão
envolvidos, diretamente, em ações de segurança;
10.
Penas alternativas e monitoramento eletrônico;
11.
Construção de unidades prisionais.
Fonte: G1
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