Cristiano
Ronaldo vence prêmio de melhor jogador do mundo pela terceira vez, Messi fica
em segundo e Neuer é o terceiro. (Foto: Fabrice Coffrini / AFP)
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Cristiano
Ronaldo confirmou o favoritismo e foi eleito nesta segunda-feira o melhor
jogador do mundo pela terceira vez, a segunda consecutiva (2008, 2013 e 2014).
O craque do Real Madrid recebeu o prêmio das mãos do presidente da Fifa, Sepp
Blatter, fez um discurso menos emocionante em relação ao do ano passado, quando
chorou, mas encerrou em grande estilo, ao gritar em espanhol “sim” e arrancar
algumas risadas da plateia. Ele superou com alguma folga o goleiro Manuel
Neuer, do Bayern de Munique, e o atacante Lionel Messi, do Barcelona, ao
terminar com 37,66%. O argentino ficou em segundo em disputa apertada, com
15,76%, contra 15,72% do alemão.
–
Queria agradecer a todos que votaram em mim. A meu treinador, meus
companheiros, meu presidente. Foi um ano expressivo para mim a nível pessoal e
coletivo. Ganhar um troféu com esta dimensão é único. Estou muito feliz. Isto
me dá motivação para continuar a trabalhar da mesma forma que tenho feito até
agora. Nunca pensei em ganhar três vezes esta bolinha. Espero não parar por
aqui. Quero alcançar o Messi – disse o luso, antes de terminar com o grito.
Sergio
Ramos, Kroos, Cristiano Ronaldo e James Rodriguez: Real Madrid premiado na Fifa
(Foto: Reuters)
Depois,
em entrevista na zona mista, levou a afirmação em tom de brincadeira.
–
Não estou preocupado com isso. As coisas acontecem naturalmente, é uma
motivação. Não compito só com ele (Messi), mas com todos, Barcelona, Chelsea,
Bayern. Futebol é isso, é competir, ver quem ganha e leva os títulos. A vida é
assim, no próximo ano trabalharei para estar aqui de novo. Eu me preparo para
jogar e ganhar, falar não é o meu forte.
Assim,
o português entra num patamar muito restrito da história do futebol, onde só
chegaram nomes como Johan Cruyff, Michel Platini e Marco van Basten, pela
antiga Bola de Ouro (quando era apenas para europeus e promovida somente pela
revista “France Football”), e Ronaldo e Zinedine Zidane (troféu de melhor do
ano da Fifa) com três conquistas, e diminuiria a distância para o seu grande
rival, Lionel Messi, detentor de quatro (2009, 2010 – quando “France Football”
e Fifa unificaram o prêmio -, 2011 e 2012).
Em
um ano recheado de títulos coletivos (foram quatro: Copa do Rei, Liga dos Campeões,
Supercopa da Europa e Mundial de Clubes), Cristiano Ronaldo brilhou na Copa do
Rei com três gols, foi artilheiro da Liga dos Campeões com 17 e fez dois na
final da Supercopa da Europa. Só ficou na sombra no Mundial de Clubes no
Marrocos, mas mesmo assim foi eleito o segundo melhor jogador da competição.
Além
dos títulos coletivos, foi mais um ano de recordes individuais para o camisa 7
do Real Madrid, que se tornou no maior artilheiro histórico de uma edição da
Liga dos Campeões com os 17 gols, o primeiro a marcar em duas finais com dois
clubes diferentes (Manchester United e Real, superou Raúl na artilharia
histórica da Champions marcando o seu 72º gol – está atrás de Messi, que tem 75
-, tornou-se o maior artilheiro da história da seleção portuguesa com 52 gols e
foi também o artilheiro dos campeonatos europeus com 31 ao lado de Luis Suárez.
Ele encerrou o ano com 61 gols e 22 assistências em 60 jogos.
Cristiano
Ronaldo venceu também o troféu de melhor jogador da Uefa e do Campeonato
Espanhol. O craque foi reconhecido como melhor do ano por algumas publicações
esportivas prestigiosas como a “World Soccer”, a “Four Four Two”, o jornal
“Marca”, o “Guardian” e a “Gazzetta dello Sport”. Mas para o jornalista
português Luis Miguel Pereira, autor do livro “Segredos da Máquina”, não foram
só os gols e os recordes da temporada que ofuscaram a prestação negativa de CR7
no Brasil, onde marcou apenas um gol com Portugal, eliminado na fase de grupos.
Alemã supera Marta e é
eleita a melhor do mundo pela primeira vez
Deu
Alemanha também na eleição de melhor do mundo no futebol feminino. A
meia-atacante Nadine Kessler, de 26 anos, superou a brasileira Marta (pentacampeã
entre 2006 e 2010) e a americana Abby Wambach para ficar com o prêmio pela
primeira vez.
Kessler
foi a grande jogadora do Wolfsburg na conquista da Liga dos Campeões sobre o
Tyresö FF, time de Marta, que posteriormente se transferiu para o FC Rosengard.
No discurso, homenageou o belga Junior Malanda, do mesmo time, que morreu em
acidente de carro no último sábado.
Do Jornal Pequeno
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