De acordo com o Ministério da
Saúde, quase 60.000 internações por automedicação foram registradas no Brasil,
entre 2009 e 2014. O mais curioso é saber que dentro do percentual de homens
adeptos à prática, cerca de 10% fazem uso recreativo de estimulantes sexuais:
ou seja, usam esse tipo de medicamento de forma irresponsável, sem real
indicação médica.
No Brasil, são comercializados
cinco tipos de estimulantes e, de acordo com estudo do Instituto de Ciência,
Tecnologia e Qualidade (ICTQ), Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, lidera o
ranking das capitais onde o uso recreativo de viagra, cialis, entre outros é
mais expressivo:
1º Porto Alegre – RS: 38%
2º Brasília – DF: 18%
3º Vitória – ES: 15%
4º Goiânia – GO, Rio de Janeiro – RJ e Curitiba – PR: 13%
5º Recife – PE: 11%
De acordo com o Roberto Vaz
Juliano, urologista e membro do Instituto de Urologia do Hospital Oswaldo Cruz,
cada medicamento tem dose e posologia únicas, e só deveriam ser utilizados com
indicação médica. Entre os principais efeitos colaterais devido ao uso
recreativo estão arritmia cardíaca, cefaleia, distúrbios visuais, vermelhidão
na pele, tontura, dores musculares e câimbras.
Dos que fazem uso de forma
irresponsável, 56% pertencem às classes sócias A ou B, 38% têm idade a partir
dos 56 anos e outros 15% têm menos de 40 anos.
A pesquisa foi realizada em 16
capitais brasileiras de todas as regiões do país, com 2.340 pessoas, que
responderam o questionário de maneira involuntária.
De acordo com dados do ICTQ, a
margem de erro máxima para o total da amostra é de 2 pontos percentuais, para
mais ou para menos, dentro de um nível de confiança de 95%.
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