Eduardo Campos posa para foto em 2005, quando era ministro da Ciência e Tecnologia do governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: (Foto: Joedson Alves/ Estadão Conteúdo/Arquivo)) |
De família tradicional na política em Pernambuco, o ex-governador Eduardo Campos,
49 anos, nasceu no Recife em 10 de agosto de 1965. Ele era casado e pai
de cinco filhos. Filho de Maximiliano Arraes e da ex-deputada federal e
ministra do Tribunal de Contas da União Ana Arraes, Campos se formou em
economia na Universidade Federal de Pernambuco, onde atuou como
presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade.
O contato com a política começou cedo, em 1986, quando trabalhou
ativamente na campanha que elegeu seu avô, Miguel Arraes, ao governo de
Pernambuco. Na época, Campos tinha apenas 21 anos. Quatro anos depois,
em 1990, ele se filiou ao PSB.
Em 1994, com apenas 29 anos, foi eleito deputado federal, cargo para o
qual foi reeleito em 1998 e em 2002. No início do terceiro mandato como
deputado, Campos se aproximou do então presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, ajudando a mobilizar a base governista para aprovar a Reforma da
Previdência.
Em janeiro de 2004, foi nomeado por Lula ministro de Ciência e
Tecnologia, onde trabalhou pela aprovação da lei que autoriza pesquisas
com células tronco embrionárias. Em 2006, Eduardo Campos foi eleito
governador de Pernambuco em primeiro turno, com mais de 60% dos votos
válidos e foi reeleito, em 2010, com 83% dos votos válidos.
A gestão à frente do estado foi marcada pelos esforços em modernizar
industrialmente a região. Durante a maior parte dos dois mandatos,
Campos apoio os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff.
Em 2013, ele passou a reforçar críticas ao governo de Dilma,
especialmente com relação à gestão da economia e a aliança com o PMDB.
Em 18 de setembro do ano passado, o PSB entregou os cargos no governo
federal, inclusive o comando do Ministério da Integração, e passou a se
posicionar de forma independente nas votações. A decisão de se afastar
do governo e lançar candidatura própria motivou a saída do partido e
filiação ao PROS do governador do Ceará, Cid Gomes, e do irmão dele,
Ciro Gomes.
Em outubro, Eduardo Campos se aliou à ex-senadora Marina Silva na
disputa presidencial, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitar o
registro da Rede Sustentabilidade, partido que ela tentava criar para
concorrer às eleições. Em 4 de abril deste ano, Eduardo Campos renunciou
ao governo de Pernambuco para se dedicar à campanha para a Presidência
da República.
Em 28 de junho, em aliança com outros cinco partidos, o PSB oficializou
a candidatura de Campos à Presidência e de Marina Silva à
vice-presidência. Na campanha, Campos e Marina apresentaram uma série de
propostas, como escola em tempo integral, passe livre para estudantes
de escola pública e disseram ser possível reduzir a inflação para 3% até
2018.
Pesquisa Ibope, encomendada pela TV Globo e divulgada na última
quinta-feira (7), apontava Campos em terceiro lugar na disputa, com 9%
das intenções de voto.
Fonte: G1
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