A
nova regra do seguro-desemprego começa a valer para quem for demitido a partir
deste sábado (28), segundo informou o Ministério do Trabalho. Portanto, as
mudanças valerão para esses trabalhadores que darão entrada no pedido a partir
desta segunda-feira (2).
“A
vigência da Medida Provisória [que estabelece as novas regras] começará 60 dias
a partir da data da publicação. Sendo assim, as novas regras incidirão nos
trabalhadores demitidos a partir do dia 28 de fevereiro de 2015″, diz o
Ministério do Trabalho.
Com
as mudanças, o trabalhador que solicitar o benefício pela primeira vez deverá
ter trabalhado por 18 meses nos 24 meses anteriores.
De
acordo com as novas regras, na segunda solicitação do benefício, ele terá de
ter trabalhado por 12 meses nos 16 meses anteriores e, a partir da terceira
solicitação, terá de ter trabalhado, pelo menos, por seis meses ininterruptos
nos 16 meses anteriores.
De
acordo com o Ministério da Fazenda, na primeira solicitação, o trabalhador
poderá receber quatro parcelas se tiver trabalhado entre 18 e 23 meses nos 36
meses anteriores. Poderá receber cinco parcelas se tiver trabalhado a partir de
24 meses nos 36 meses anteriores. Já na segunda solicitação, ele poderá receber
quatro pardelas se tiver trabalhado entre 12 e 24 meses nos 36 meses
anteriores.
A
partir da terceira solicitação do seguro-desemprego, vale a regra anterior, que
prevê o recebimento de três parcelas para quem trabalhou entre 6 e 11 meses nos
36 meses anteriores. Para receber quatro parcelas do seguro-desemprego, ele
terá de ter trabalhado entre 12 e 23 meses nos 36 meses anteriores e, para
receber cinco parcelas, terá de ter trabalhado por, pelo menos, 24 meses nos 36
meses anteriores.
Outras
mudanças
Também
começa a valer em março um novo cálculo que reduzirá o valor da pensão por
morte (do patamar de 100% do salário de benefício para 50% mais 10% por
dependente até o limite de 100% e com o fim da reversão da cota individual de
10%).
Outra
mudança é a vitaliciedade do benefício. Cônjuges “jovens” não receberão mais
pensão pelo resto da vida. Pelas novas regras, o valor será vitalício para
pessoas com até 35 anos de expectativa de vida – atualmente quem tem 44 anos ou
mais. A partir desse limite, a duração do benefício dependerá da expectativa de
sobrevida.
Desse
modo, o beneficiário que tiver entre 39 e 43 anos receberá pensão por 15 anos.
Quem tiver idade entre 33 e 38 anos obterá o valor por 12 anos. O cônjuge com
28 a 32 anos terá pensão por nove anos. Quem tiver entre 22 e 27 anos receberá
por seis anos. E o cônjuge com 21 anos ou menos receberá pensão por apenas três
anos.
Já
entrou em vigor no dia 14 de fevereiro uma das novas regras anunciadas pelo
governo para a pensão por morte. Com a mudança, só tem direito ao benefício
quem conta com pelo menos dois anos de casamento ou união estável. A legislação
anterior não estabelecia um prazo mínimo para a união.
As
mudanças na pensão por morte fazem parte de um pacote de medidas provisórias
anunciadas pelo governo no final do ano passado para tornar mais rigoroso o
acesso da população a uma série de benefícios previdenciários. As mudanças não
afetam quem já recebe o benefício.
Já
no dia 30 de dezembro, entrou em vigor a alteração que estabelece que deixa de
ter à pensão o dependente condenado pela prática de crime que tenha resultado
na morte do segurado.
Do
G1, São Paulo
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