O corte ilegal de madeira ameaça
três reservas indígenas no noroeste do Maranhão, mas desta vez a operação da
Polícia Civil é para combater o furto de energia nas serrarias que fazem
ligações clandestinas para cortar madeira roubada da Amazônia maranhense.
Os estoques de madeira em toras
enchem os pátios das serrarias em Centro do Guilherme e ameaça três reservas
indígenas no noroeste do Maranhão: Alto Turiaçu, Caru e Awá-Guajá, onde vive
uma das últimas tribos nômades da América do Sul.
A maioria dessas serrarias vem
operando no entorno das terras indígenas e toda esta madeira tem origem ilegal,
segundo informações da Delegacia de Combate aos Crimes Contra a Administração
Pública. “Aqui tem o roubo de energia a madeira ilegal, e também veículos que
normalmente nós apreendemos que eles utilizam esses veículos que são roubados,
furtados na região metropolitana e outras cidades e trazem para esta região”,
afirmou o delegado Paulo Roberto.
Os policiais destruíram os
equipamentos usados pelos criminosos e determinaram o corte das redes. A
remoção dos transformadores foi feita pelas equipes da concessionária de
energia que acompanham a operação – técnicos treinados para lidar com alta
tensão em gambiarras cheias de risco.
Segundo a concessionária, o furto
de energia no Maranhão representa uma perda de faturamento da ordem de R$ 264
milhões por ano. A energia consumida e não faturada representa uma perda anual
de receita da ordem de R$ 43 milhões de reais para o estado.
A operação começou em Centro do
Guilherme. Quatro serrarias foram inspecionadas e dois homens foram detidos
para indicar os donos das serrarias clandestinas. Os responsáveis por um crime
cujos prejuízos alcançam os consumidores.
“São perdas de energia que a
concessionária tem e que acaba Influenciando na tarifa quando tem uma revisão
tarifária pela Aneel”, afirmou o técnico eletricista Jadilson dos Santos Sá.
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