Os gestores municipais que fiquem
atentos. Com base nos trabalhos de avaliação dos portais da transparência
realizados em parceria pelo Tribunal de Contas do Estado, Controladoria Geral
da União (regional MA) e o Ministério Público do Estado, o presidente do
TCE/MA, conselheiro Jorge Pavão, determinou ao setor competente que faça
constar, a título de informação, nas certidões emitidas pela corte de contas
para a celebração de convênios, entre outros, o descumprimento da Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF) relativo à transparência.
A falta de alimentação dos
portais da transparência enseja na proibição aos municípios de receber
transferências estaduais ou federais, voluntárias e legais. Por sua vez, a
falta de regulamentação do acesso à informação em âmbito municipal e a
inexistência de Serviços de Informação ao Cidadão (SIC´s) constitui crime de
responsabilidade do agente público.
“Entendemos que a inclusão do
quesito transparência dos municípios nas certidões emitidas pelo tribunal será
mais uma ferramenta em favor da sociedade, que anseia pela boa destinação dos
recursos públicos e tem o direito de estar bem informada sobre como estão sendo
aplicadas essas verbas pelos gestores municipais”, pontua Jorge Pavão.
O levantamento minucioso,
realizado nas 217 cidades maranhenses em atenção aos artigos 48, 48-A e 73-B da
LRF, constatou que 180 municípios, ou 82% do total, não cumprem os requisitos
previstos e alimentam os seus portais da transparência na forma da legislação.
Nesse sentido, considerando se tratar de informações oriundas de fiscalizações
de órgãos integrantes da rede de controle, o TCE também fará a inclusão, a
partir de agora, desses municípios nas matrizes de risco para fiscalização e
auditoria.
Na decisão do TCE/MA, consta
ainda que se oficie a secretaria de Estado da Transparência e a Casa Civil do
do Governo do Estado sobre o resultado da apuração, para que sejam adotadas as
medidas cabíveis no que diz respeito ao repasse de transferências voluntárias e
legais, bem como o Ministério Público Estadual, para que adote as medidas
pertinentes na sua esfera de competência.
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