Quarenta homens formam o primeiro
comboio da Força Nacional de Segurança Pública que chegou a São Luís no início
da tarde desta terça-feira (24). As tropas vão reforçar o policiamento nas ruas
da capital, que vem sofrendo desde a quinta-feira (19) uma série de ataques a
ônibus.
O Ministério da Justiça atendeu
ao pedido do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). O restante da tropa
chega no fim da tarde e apenas à noite será realizada uma coletiva de imprensa
na Secretaria de Segurança Pública para explicar detalhes da operação.
O efetivo da tropa federal fez o
deslocamento até a capital maranhense em 20 viaturas, um micro-ônibus e um
ônibus. Os agentes ficarão alojados em três locais diferentes, sendo um deles
no Complexo Esportivo do Estádio Castelão, onde vão planejar as operações e
darão suporte à polícia do Maranhão no combate as organizações criminosas que
aterrorizam a população.
As ordens destes ataques foram
feitas de dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, que ganhou destaque
nacional após fugas, mortes e rebeliões sangrentas. Os motivos dos ataques não
foram revelados pelo secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, que se
limitou a dizer que a polícia trabalha com duas linhas de investigação. Em
2014, os mesmos detentos ordenaram ataques a ônibus por causa das constantes
revistas no presídio.
Desde que os ataques a ônibus
tiveram início na quinta-feira (19), 16 veículos foram incendiados. No entanto,
apenas sete foram completamente tomados pelas chamas. O atentado mais recente
foi registrado na noite desta segunda-feira (23) no Residencial 2000, no bairro
Maracanã, na zona rural de São Luís, dois dias depois do governador anunciar a
vinda da Força Nacional a capital.
Policiais militares, civis e
bombeiros reforçam a segurança em vários pontos dos quatro municípios da Região
Metropolitana de São Luís. Os ônibus voltaram a circular normalmente nesta
segunda-feira (23), após determinação do Governo do estado e prefeitura de São
Luís.
Comerciantes ameaçados
Comerciantes do Coroadinho, a
quarta maior favela do país e a primeira do Norte e Nordeste - segundo o último
censo realizado pelo Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística (IBGE),
fecharam as portas durante a tarde do último sábado (21) depois que criminosos
disseminaram série de ameaças.
Pela noite do mesmo dia,
policiais realizaram a prisão de um homem que se preparava para atear fogo em
pneus na Avenida Jerônimo de Albuquerque, no bairro Vinhais em São Luís. O
suspeito teria informado à policiais que não seria um atentado, mas um protesto
contra a insegurança.
Policiais em ônibus
O governador Flávio Dino informou
que vai monitorar as empresas para confirmar se todos os ônibus estão
circulando pelas ruas da cidade. Ele também garantiu que vai intensificar o
combate aos criminosos com policiais dentro dos ônibus, blitzen, incursões nos
bairros para patrulhamento e captura de procurados da Justiça.
A adoção de novas medidas de
segurança foi instituída pelo governador Flávio Dino em reunião na manhã deste
domingo (22), no Palácio dos Leões, em São Luís. De acordo com o governador, o
monitoramento direto sobre as empresas de ônibus tem como objetivo garantir a
circulação normal dos coletivos, sobretudo no período noturno.
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