O
vereador Marquinho Cirilo (PMDB) é o novo presidente da Câmara Municipal de
Carolina para o biênio 2015-2016. Ele foi eleito na sexta-feira (28) durante
sessão onde foi revelado mais um esquema de corrupção envolvendo dinheiro
público na gestão do prefeito peemedebista Ubiratan Jucá.
Uma
fonte do atual governo municipal informou ao Cidade em Ação que o vereador
Hélio Júnior Barbosa (PCdoB), conhecido como Enfermeiro Hélio – e colocado na
chapa da Oposição como Primeiro-Secretário –, traiu os colegas de bancada que
apoiavam o vereador Fernando Filho (PMDB) para presidente e teria recebido R$
50 mil para votar no candidato apoiado pelo prefeito. A acusação é grave e
merece investigação.
A
situação não tira de Marquinho Cirilo a sua competência para presidir o
Legislativo. Porém, é um péssimo início de gestão – já manchada por suspeita de
corrupção.
A
chapa formada por Fernando Filho como candidato a presidente; Humberto Pombo
(PCdoB) como vice-presidente; Hélio Júnior Barbosa com primeiro-secretário; e,
Idalina Santos como segunda-secretária, foi apoiada ainda pelos vereadores José
Filho e Reginaldo Dias – ambos do PSDB. A Oposição, então, contava com seis
votos – a maioria simples dos onze parlamentares que formam a Câmara Municipal
de Carolina.
Dessa
forma, a eleição de Marquinho só teria sido possível porque além do suposto
recebimento de R$ 50 mil reais, o vereador Enfermeiro Hélio deixou de votar na
chapa a qual pertencia para se beneficiar financeiramente de recursos públicos.
Os
vereadores Humberto Pombo e Idalina Santos, que vinham atuando de maneira
independente no Legislativo Municipal, honraram o compromisso assumido com a
chapa encabeçada por Fernando Filho. Os parlamentares se dignaram a combater a
corrupção endêmica do governo Ubiratan Jucá.
Hélio
Barbosa foi eleito vereador no palanque da Oposição com apoio de cabos
eleitores dentro da Secretaria de Saúde, mas após eleição trabalhou apenas pela
nomeação e melhor salário da esposa, a enfermeira Tarciana Barbosa, como
diretora do Hospital Maternidade Infância (HMI).
Por
este motivo e por causa do vereador votar e ser favorável a tudo o que é de
interesse do prefeito, a polêmica acusação dos R$ 50 mil embolsados nesta sexta
já está sendo chamada de Mensalão da Saúde.
O
esquema montado para eleição de Marquinho Cirilo pode ser desmentido pelo
próprio vereador acusado de receber propina. Basta sua dignidade fazê-lo
autorizar a abertura de seu sigilo bancário, bem como de seus familiares mais
próximos.
O
prefeito Ubiratan Jucá também deve ser alvo de investigação de compra de votos
no Legislativo. Não há garantias que outros parlamentares não estejam
envolvidos.
Fonte:
Cidade em Ação
Existiu a mesma coisa em Maragojipe-BA. Vereador da oposição recebeu "presentão " para apoiar e blindar o vereador da situação candidato da prefeita pra presidente da câmara . Foi reeleito.
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