Atual prefeito de Cururupu, Júnior Franco |
Os
recorrentes atrasos no pagamento dos salários e a contratação irregular de
servidores, sem a realização de concurso público, levaram o Ministério Público
do Maranhão a ingressar com uma Ação Civil Pública por ato de improbidade
administrativa contra o prefeito de Cururupu, José Carlos de Almeida Júnior, e
o secretário Municipal de Saúde, Aldo Luis Borges Lopes.
Uma
representação formulada pelo Sindicato dos Profissionais de Enfermagem e
Empregados em Estabelecimentos de Saúde do Estado do Maranhão (Sinpees-MA)
afirma que a prefeitura vem atrasando constantemente o pagamento de salários
dos profissionais, além de contratar irregularmente servidores por meio da
Secretaria Municipal de Saúde. Os fatos foram confirmados por diversos
servidores e pela própria Prefeitura de Cururupu.
A
apuração realizada pelo Promotoria de Justiça da Comarca de Cururupu verificou
que o pagamento dos salários vem sofrendo atrasos desde o começo do ano. Outras
ACPs, inclusive, já haviam sido propostas em agosto e outubro de 2014, buscando
a regularização dos pagamentos. Em julho, por exemplo, o atraso chegou a 23
dias.
“O
fato é que os demandados vêm praticando uma série de desmandos com relação aos
servidores públicos, violando direitos básicos, como é o caso do pagamento de
salários, embora o Município esteja recebendo religiosamente os repasses em dia
das verbas do FPM, Fundeb e SUS”, afirmou, na ação, a promotora Alessandra
Darub Alves.
Irregularidades
Também
foi verificado pelo Ministério Público que a Secretaria Municipal de Saúde de
Cururupu mantém em seus quadros auxiliares de serviços gerais, atendente de
serviços odontológicos, agente administrativo, vigia, imunizadora, porteiro,
operador de computador, motorista e assistente operacional contratados de forma
ilegal, sem o devido concurso público. No entanto, não há a caracterização de
necessidade temporária de excepcional interesse público, como prevê a
legislação, e nem lei autorizando a contratação temporária aprovada pela Câmara
Municipal.
Mais
uma vez, o Ministério Público buscou a solução do problema por meio de Ações
Civis Públicas, que tiveram decisões judiciais favoráveis mas foram
descumpridas pela administração municipal. “Mesmo cientes da decisão judicial,
os demandados José Carlos de Almeida Júnior e Aldo Luis Borges Lopes mantiveram
as contratações de servidores de forma ilegal”, explica a promotora.
Caso
condenados por improbidade administrativa, José Carlos de Almeida Júnior e Aldo
Luis Borges Lopes estarão sujeitos à perda da função pública, suspensão dos
direitos políticos de cinco a oito anos, proibição de contratar ou receber
qualquer tipo de benefício do Poder Público pelo prazo de cinco anos,
ressarcimento do dano aos cofres públicos e pagamento de multa de até duas
vezes o valor do prejuízo causado ao erário.
Fonte: G1
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