A
ex-prefeita de Dom Pedro, 324 Km de São Luís, Maria Arlene Barros, foi presa na
manhã desta terça-feira (31), na sua residência, na capital, durante a
“Operação Agiotagem” da Polícia Civil, que investiga o envolvimento de gestores
e ex-gestores públicos com esquemas de agiotagem para fraudar licitações. A
polícia acredita que mais de R$ 5 milhões foram desviados da prefeitura de Dom
Pedro, entre 2009 e 2012.
Polícia fazendo a prisão da ex-prefeita de Dom Pedro em sua residência |
A
“Operação Agiotagem” é um desdobramento da “Operação Detonando” que foi
iniciada após o assassinato de Décio Sá, em 2012, e culminou na prisão do
assassino confesso do jornalista, Jhonathan Silva, em fevereiro de 2014 e
outras 8 pessoas. A polícia na época apreendeu documentos importantes que
levaram a desmembrar esquemas de agiotagem em todo o estado comandado pelos
empresários Gláucio Alencar Pontes Carvalho e José de Alencar Miranda Carvalho
que estão presos desde o dia 13 de junho 2012.
“Naquela
ocasião foram apreendidas dezenas de caixas de documentos, eram cheques
contratos, documentos relativos a processos licitatórios. Esses mesmos
documentos indicaram que havia ligação estreita daquele grupo de agiotas com
diversos gestores e ex-gestores públicos aqui no estado do Maranhão”, explicou
do delegado-geral da Polícia Civil,
Augusto Barros.
Segundo
o delegado-geral houve enriquecimento ilícito da ex-gestora de Dom Pedro e
outros envolvidos no esquema por meio da manipulação de licitações com o
objetivo de contratar pessoas que não estavam habilitadas para o fornecimento
de produtos como merenda escolar e medicamentos.
O
advogado da ex-prefeita, Marcos Vinícius, disse que o pedido de prisão foi
fundamentado na falta de residência fixa da ex-prefeita. “É um pedido de prisão
contraditório, pois na hora da prisão souberam encontrar o endereço dela. Vamos
protocolar ainda hoje o pedido de revogação da prisão”, disse.
Além
da ex-prefeita, também foram presas outras três pessoas. “Nós tínhamos envolvimento
direto da ex-gestora e de parentes da ex-gestora na manipulação desses
recursos”, disse o delegado-geral.
A
polícia está cumprindo 38 mandatos de busca e apreensão, além dos dois mandados
de prisão. “Nós temos ainda um rol extenso de conduções coercitivas a serem
realizadas, temos um rol também numeroso de buscas e apreensões que ainda estão
em andamento, elas se concentram não apenas em São Luís, mas também em alguns
municípios do estado”, finalizou o delegado-geral Augusto Barros.
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