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sábado, 28 de março de 2015

Sem restauração, patrimônio histórico fica abandonado em Pindaré-Mirim

O Engenho Central de Pindaré-Mirim já foi símbolo de opulência e desenvolvimento. Construído em 1880, no local eram refinadas toneladas de açúcar que garantiram por anos riquezas à região. Ainda por conta do engenho, Pindaré-Mirim foi a primeira cidade no Brasil a ter luz elétrica e a primeira no estado a receber a linha de trem.
 
Lixo despejado no Engenho Central em Pindaré-Mirim (Foto: Wanderson dos Santos Silva / Vc no G1)
Hoje a situação deste importante patrimônio histórico do estado é de abandono e descaso. O internauta Wanderson dos Santos Silva enviou por meio do VC no G1 fotos do lixo que é despejado no Engenho Central pelos próprios moradores da região. “Na maioria das vezes são os próprios moradores [que jogam lixo no local] e principalmente os comerciantes que moram próximo do Engenho Central. E não existe nenhuma fiscalização”, relatou.
Para o internauta, o Engenho Central é muito importante para a cidade, pois representa seu maior patrimônio histórico. Ele contou ainda, que foi apresentado em 2012 um projeto de restauro da edificação. Na proposta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) o prédio se tornaria um centro cultural com um investimento de R$ 2 milhões do Governo Federal.  “Por conta da preservação do patrimônio histórico a ideia original era de transformá-lo em um ambiente artístico”, disse Wanderson dos Santos Silva.


Wanderson Silva contou que a obra deveria ter começado no primeiro semestre de 2014 e seria concluída em dois anos, porém até o momento nada foi feito e nenhuma explicação foi dada aos moradores. “O que vemos hoje é o contrário do que foi dito antes. Alguns tijolos começam a se desprender por conta do tempo. Em dias de festas, o patrimônio também serve de banheiro. E o mais triste é a falta de educação de algumas pessoas que insistem em jogar lixo próximo ao engenho mesmo sabendo os dias das coletas”, relatou.

Preocupado com a situação do edifício histórico, Wanderson publicou uma foto em uma rede social que teve uma repercussão muito maior do que ele esperava. “Não imaginava que iria ter mais de 500 curtidas e 164 comentários. Todos criticando o jeito em que o engenho se encontra”, contou.

“Queríamos muito obter uma resposta que pudesse solucionar esse atraso na manutenção do lugar para não vermos ele se acabar como aconteceu com o pau da paciência. Queríamos a chance de vê-lo novo e bem cuidado”, apelou o internauta.

Ao G1, a superintendente do IPHAN no Maranhão,  Kátia Bogéa, informou que de fato há um projeto executivo de revitalização do Engenho Central que está em fase de finalização, porém, não há pervisão de quando ele ficará pronto.

O G1 também tentou contato com a prefeitura de Pindaré-Mirim para obter informações sobre a coleta de lixo e a falta de fiscalização na região do Engenho Central, mas ninguém atendeu as ligações.


Nota da Redação: A Constituição Federal assegura que é responsabilidade da União, dos Estados e do Distrito Federal criar leis que protejam o patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico.  Ainda na CF é garantido no artigo 5º o direito de todo cidadão propor uma ação popular que vise anular um ato lesivo ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor isento de custas judiciais.

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