O Ministério do Planejamento
divulgou nesta sexta-feira (22) que bloqueará R$ 69,9 bilhões dos gastos
aprovados pelo Congresso Nacional no Orçamento deste ano.
Os maiores cortes são:
1- Ministério das Cidades
R$ 17,23 bilhões (de R$ 31,74
bilhões para R$ 14,51 bilhões, 54%)
2- Ministério da Saúde
R$ 11,77 bilhões (de R$ 103,27
bilhões para R$ 91,5 bilhões, 11,3%)
3- Ministério da Educação
R$ 9,42 bilhões (de R$ 48,81
bilhões para R$ 39,38 bilhões, 19,3%)
Apesar do contingenciamento de
recursos no Ministério da Saúde, o governo informou que o limite autorizado
para gastos neste ano ficou R$ 3 bilhões acima do vaor mínimo constitucional,
assegurando recursos para o Sistema Único de Saúde, para o Mais Médicos e para
o Farmácia Popular.
Mesmo com o contingenciamento na
área de Educação, o Ministério do Planejamento informou que o valor liberado
para gastos ficou R$ 15,1 bilhões acima do mínimo constitucional, preservando
programas prioritários e garantindo funcionamento de universidades e institutos
federais.
Corte total no orçamento
O governo federal autorizou um
bloqueio total de R$ 69,9 bilhões em gastos no orçamento de 2015. Em termos
nominais, foi o maior contingencimento de recursos da história. A informação
consta no decreto de programação orçamentária de 2015.
O objetivo da equipe econômica,
ao contingenciar despesas no orçamento, é tentar atingir uma meta de superávit
primário (economia para pagar juros da dívida pública) para todo o setor
público (governo, estados, municípios e empresas estatais) de R$ 66,3 bilhões
em 2015.
A estimativa era que esse valor
representasse 1,2% do PIB deste ano – mas, como a estimativa para o PIB foi
reduzida, deve equivaler a 1,1%. Em 2014, foi registrado o primeiro déficit primário
da série histórica, que tem início em 2001.
O ministro do Planejamento,
Nelson Barbosa, disse que o bloqueio no orçamento é o "primeiro passo
necessário" para a recuperação do crescimento de modo sustentável.
"Para que a economia se
recupere, para que o crescimento se recupere, é preciso fazer esforço de
equilíbrio fiscal. Foi necessário contingenciar R$ 69,9 bilhões para atingir a
meta de superavit primário fixada para o governo federal neste ano", disse
o ministro a jornalistas.
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