O
Ministério Público do Maranhão por meio dos promotores de justiça Joaquim
Ribeiro Junior, Alessandro Brandão e Ossian Bezerra, da Comarca de Imperatriz,
a 626 km de São Luís, instaurou Procedimento de Investigação Criminal para
apurar as declarações da gaúcha Isabela Cardoso, de 24 anos, contra o Maranhão,
os maranhenses e também a cultura do estado.
Neste
domingo (01), Isabela citou em uma rede social palavras ofensivas que acabaram
denegrindo toda a história do estado nordestino. Em um dos trechos do texto, a
gaúcha declara “Finalmente em casa, depois de 1 ano e 7 meses na Suzano de
Imperatriz eu e meu esposo retornamos a nossa cidade. Estado pobre, kkkkkkkkkk.
A cultura maranhense é horrível. O carnaval é um lixo. Tal de bumba meu boi,
tambor de crioula. A maioria das Mulheres são piriguetes e os Homens malandros.
Mais da metade das pessoas são semi-analfabetas”, repudia a gaúcha.
De
acordo com o promotor Joaquim Ribeiro Junior, as citações de Isabela Cardoso
caracterizam uma atitude claramente discriminatória, o que segundo a
Constituição Federal caracteriza uma conduta racista e criminal. Ele acrescenta
ainda que é a diversidade que torna um povo especial.
“A
Constituição Federal repudia discriminação de qualquer natureza. O que torna o
povo brasileiro especial é justamente sua diversidade. O Ministério Público do
Maranhão adotará posições firmes com o objetivo de coibir práticas dessa
natureza”, explica.
O
MPMA também solicitou à Justiça a notificação do responsável pelo setor de
Recursos Humanos da empresa Suzano em Imperatriz para prestar esclarecimentos.
Caso
seja comprovada que Isabela Cardoso teve a intenção de praticar, induzir ou
incitar a discriminação ela poderá ser condenada à pena de reclusão de dois a
cinco anos e ao pagamento de multa.
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