A cobrança extra da bandeira
tarifária nas contas de luz vai cair a partir de 1º de fevereiro, informou
nesta sexta-feira (29) a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Para
cada 100 kilowatts-hora (kWh) de eletricidade consumidos, serão pagos R$ 3 e
não mais os R$ 4,50 em vigor desde agosto de 2015.
Mesmo com a redução, a bandeira
permanece na cor vermelha, que indica que o custo de produção de energia no
país está muito alto. Entretanto, a queda no valor sinaliza que o país saiu do
segundo patamar da bandeira vermelha, quando a situação está mais grave e a
cobrança extra é de R$ 4,50 para cada 100 kWh consumidos.
A criação desses dois patamares
de bandeira vermelha foi aprovada na terça (26) pela diretoria da Aneel. Antes
havia apenas um patamar, com cobrança de R$ 4,50.
Os recursos arrecadados com a
bandeira tarifária servem para cobrir o aumento de custos no setor provocado
pelo uso das termelétricas, usinas movidas a combustíveis como óleo e gás
natural e que geram energia mais cara.
As termelétricas substituem, em
parte, a geração de eletricidade das hidrelétricas, que sofrem com a queda no
armazenamento de água em seus reservatórios, resultado da seca que atingiu
principalmente o Sudeste e o Centro-Oeste a partir do final de 2012.
Melhora das chuvas
Em 2015, começou a chover mais
nas duas regiões, que concentram hidrelétricas responsáveis por cerca de 70% da
capacidade do país de produzir energia. Assim, parte das termelétricas – as
mais caras – começaram a ser desligadas. É isso que permite agora a redução no
valor da bandeira.
Mantendo-se pelos próximos meses,
a recuperação dos reservatórios pode levar a uma redução ainda maior no valor
da cobrança ainda em 2015, com a bandeira indo para a cor amarela (adicional de
R$ 1,50 para cada 100 kWh consumidos) ou mesmo para a cor verde, quando o
consumidor não paga nenhum valor extra.
A cobrança da bandeira tarifária
vale para todo o país, exceto os estados de Roraima – que ainda não está
interligado ao sistema nacional de redes elétricas e, por isso, é abastecido
por energia de termelétricas – e Amazonas, este por força de uma decisão
judicial.
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