Em 2016, nas eleições com a
campanha mais curta desde a redemocratização, os atuais prefeitos vão disputar
a reeleição em 22 das 26 capitais brasileiras - só quatro não podem se
reeleger, mas devem tentar emplacar o sucessor. Com a redução do tempo de propaganda
eleitoral de noventa para 45 dias - o que dificulta para candidatos
desconhecidos ou estreantes - e a probição das doações por empresas, os
políticos com a máquina administrativa nas mãos ou mais lembrados pelo
eleitorado podem levar alguma vantagem.
Esses prefeitos também devem
enfrentar um número maior de adversários, por causa do aumento no número de
partidos com registro na Justiça Eleitoral (35) e representação na Câmara dos
Deputados - eram 22 e passaram a ser 28 em 2015, consequentemente, eles possuem
tempo de TV no horário eleitoral gratuito e participação do Fundo Partidário,
trunfos ainda mais importantes a partir de 2016. E um fator cujo impacto é
difícil de estimar: um eleitorado descrente e insatisfeito, em meio ao
escândalos do petrolão e à crise econômica e política do país. Pesquisa do
Ibope mostrou que apenas 22% dos eleitores pretendem votar no atual prefeito.
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