Zé Vieira (PR), prefeito do
município de Bacabal, a 240 km de São Luís, está impedido pela Justiça de mexer
nos cofres públicos do município porque atualmente a cidade possui dois
presidentes na Câmara de Vereadores.
Os atuais presidentes da Câmara
de Bacabal, Cesar Brito, pertencente ao grupo do prefeito, e Edivan Brandão,
ligado a oposição, foram eleitos em uma sessão tumultuada no último dia
primeiro de janeiro. Na ocasião, teve até a presença da polícia para acalmar os
ânimos.
O grupo político do prefeito
elegeu um presidente por nove votos a zero contando com um voto de um suplente,
sob a alegação que os vereadores de oposição abandonaram a sessão e um deles
não tinha a documentação necessária. O presidente da Câmara eleito pelo o grupo
do prefeito que deu posse a ele, mas em uma sala ao lado os oito vereadores de
oposição elegiam outro presidente.
A oposição alega que o prefeito
não tem legitimidade porque foi empossado por um presidente da Câmara eleito
com o voto de um suplente contrariando o regimento da casa. Os vereadores de
oposição enviaram aos bancos públicos um ofício que resultou no bloqueio das
contas do município. O caso está na Justiça.
Segundo o juiz Marcelo Moreira os
vereadores de oposição alegam que houve violação ao regimento interno da Câmara
Municipal de Bacabal. “Eles alegam uma série de erros procedimentais, de
violações ao regimento interno da Câmara Municipal justamente com o intuito de
tornar sem efeito o ato de posse desse grupo de vereadores e consequentemente a
própria posse do prefeito municipal”, disse.
O impasse na situação está
causando problemas em vários setores do município e prejudicando a população em
áreas consideradas essenciais como a saúde e a educação. Por conta do impasse a
administração pública decidiu adiar o início das aulas nas escolas municipais,
pois não havia dinheiro para a merenda.
A situação está preocupando os
pais de alunos. Como é caso da aposentada Maria Araújo Souza que afirma que
teme que o seu filho perca o ano. “Já está com um bocado de dia que diz que vai
ter aula e era para começar agora em fevereiro, e já não vai começar e a gente
não sabe quando vai começar. As crianças em casa. Estão se atrasando”,
desabafou a aposentada.
No Posto de Saúde os medicamentos
já começaram a faltar nas prateleiras da farmácia. A enfermeira Maria Zélia
Carvalho conta que o atendimento aos pacientes só está sendo realizado por meio
do ambulatório. “Nós estamos sem medicamento. Aqui a gente só atende
ambulatório”.
O vice-prefeito Florêncio Neto
(PHS) disse que aguarda uma definição urgente da Justiça antes que a situação
fique ainda mais complicada em Bacabal. “A gente espera que haja uma aceleração
dessas medidas judiciais para que brevemente isso tudo seja resolvido aqui em
Bacabal”, finalizou.
Nenhum comentário :
Postar um comentário