A
defesa da prefeita de Bom Jardim, Lidiane Leite, aguarda a decisão do Superior
Tribunal de Justiça (STJ) sobre o pedido de habeas corpus protocolado nesta
terça-feira (25) solicitando a revogação da prisão preventiva da gestora.
Na
tarde desta quarta-feira (26) o advogado dela, Carlos Sérgio de Carvalho, terá
uma audiência com o ministro relator do caso para apresentar seus argumentos.
“É uma prisão desnecessária já que Lidiane não põe em risco as investigações”,
disse o advogado.
A
prefeita está foragida desde a última quinta-feira (20) quando foi decretada
sua prisão preventiva em desdobramentos da Operação Éden, que investiga e
fraudes em licitações, desvio de dinheiro da merenda escolar e transferências
bancárias irregulares.
Ela
é investigada também por transferências da conta da prefeitura para sua conta
pessoal no valor de R$ 40 mil e por
transferências para o advogado da prefeitura, Danilo Mohana, que somam mais de
R$ 200 mil em pouco mais de um ano.
Com
a decisão do STJ sobre a revogação do pedido de prisão, a defesa vai avaliar o
melhor momento para que ela preste seu depoimento à Polícia Federal. “Ela
estando solta, vai colaborar com as investigações da Polícia Federal. Ela nunca
se negou a colaborar”, disse Carlos Sérgio de Carvalho.
Se
Lidiane Leite não se apresentar no município de Bom Jardim até o próximo
domingo (30), ela pode perder o mandato, pois a legislação municipal vigente
não permite afastamento do prefeito por um período superior a 10 dias.
Interpol
O
superintendente da Polícia Federal no Maranhão, Alexandre Saraiva, disse ao G1
que solicitou na tarde desta terça-feira (25) à Interpol a inclusão do nome de
Lidiane Leite na lista vermelha da organização. "Estamos aguardando o
posicionamento da Interpol", disse.
Prisões
Além
da prefeita, secretários, ex-secretários e empresários também estão sendo
investigados por causa de irregularidades encontradas em contratos firmados com
"empresas-fantasmas". Houve duas licitações para reformar 13 escolas,
pelas quais a Zabar Produções obteve R$ 1,3 milhão e a Ecolimp recebeu R$ 1,8
milhão. Nenhuma das empresas foi encontrada.
A
operação Éden já prendeu o ex-secretário de Agricultura, Antônio Gomes da
Silva, conhecido como "Antônio Cesarino", e de Assuntos Políticos,
Humberto Dantas dos Santos, conhecido como Beto Rocha, ex-namorado e padrinho
político da prefeita.
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