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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Defesa da prefeita foragida no MA pede revogação do pedido de prisão

A defesa da prefeita de Bom Jardim, Lidiane Leite, aguarda a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre o pedido de habeas corpus protocolado nesta terça-feira (25) solicitando a revogação da prisão preventiva da gestora.


Na tarde desta quarta-feira (26) o advogado dela, Carlos Sérgio de Carvalho, terá uma audiência com o ministro relator do caso para apresentar seus argumentos. “É uma prisão desnecessária já que Lidiane não põe em risco as investigações”, disse o advogado.


A prefeita está foragida desde a última quinta-feira (20) quando foi decretada sua prisão preventiva em desdobramentos da Operação Éden, que investiga e fraudes em licitações, desvio de dinheiro da merenda escolar e transferências bancárias irregulares.

Ela é investigada também por transferências da conta da prefeitura para sua conta pessoal no valor de R$ 40 mil  e por transferências para o advogado da prefeitura, Danilo Mohana, que somam mais de R$ 200 mil em pouco mais de um ano.
Com a decisão do STJ sobre a revogação do pedido de prisão, a defesa vai avaliar o melhor momento para que ela preste seu depoimento à Polícia Federal. “Ela estando solta, vai colaborar com as investigações da Polícia Federal. Ela nunca se negou a colaborar”, disse Carlos Sérgio de Carvalho.

Se Lidiane Leite não se apresentar no município de Bom Jardim até o próximo domingo (30), ela pode perder o mandato, pois a legislação municipal vigente não permite afastamento do prefeito por um período superior a 10 dias.

Interpol
O superintendente da Polícia Federal no Maranhão, Alexandre Saraiva, disse ao G1 que solicitou na tarde desta terça-feira (25) à Interpol a inclusão do nome de Lidiane Leite na lista vermelha da organização. "Estamos aguardando o posicionamento da Interpol", disse.

Prisões
Além da prefeita, secretários, ex-secretários e empresários também estão sendo investigados por causa de irregularidades encontradas em contratos firmados com "empresas-fantasmas". Houve duas licitações para reformar 13 escolas, pelas quais a Zabar Produções obteve R$ 1,3 milhão e a Ecolimp recebeu R$ 1,8 milhão. Nenhuma das empresas foi encontrada.


A operação Éden já prendeu o ex-secretário de Agricultura, Antônio Gomes da Silva, conhecido como "Antônio Cesarino", e de Assuntos Políticos, Humberto Dantas dos Santos, conhecido como Beto Rocha, ex-namorado e padrinho político da prefeita.

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