No
dia em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou
que o Produto Interno Bruto (PIB) do país encolheu 1,9% no segundo trimestre,
cristalizando as expectativas de que a economia passa por uma crise muito mais
profunda do que a prevista e que a retomada deve demorar ainda mais tempo, a
presidente Dilma Rousseff voltou a repetir o discurso de que o Brasil passa
apenas por um momento de "travessia" e que as dificuldades são
"momentâneas".
"Tem
uma minoria que aposta sempre no 'quanto pior, melhor'. São pessoas que pescam
em águas turvas e, quando as águas estão claras, nunca conseguem o que querem.
Nós temos a clareza que o Brasil é um país forte, que vai crescer, vai superar
suas dificuldades, que são momentâneas", afirmou a presidente durante
cerimônia de entrega de unidades do Minha Casa, Minha Vida em Caucaia, no
interior do Ceará.
A
julgar pelas suas declarações, é possível dizer que Dilma está novamente mal
informada - ela declarou nesta semana que errou ao não perceber a gravidade da
crise - ou que está enganando os brasileiros. Com o resultado do PIB divulgado
pelo IBGE, os economistas reviram a projeção de queda para este ano. Agora, o
tombo na economia deve ficar entre de 2,3% a 3%. Para 2016, o mercado ainda
espera uma retração entre 0,2% e 0,5%. E a retomada do crescimento econômico,
segundo os analistas, deve ocorrer somente em 2017, levando em conta a melhora
nos indicativos econômicos, como a queda da inflação e dos juros.
Apesar
de todo o cenário adverso, a presidente ainda tentou passar uma mensagem de
tranquilidade à plateia que a assistia. "Vocês acham que a situação está
incerta, que a inflação está alta, vocês temem perder o emprego, mas o meu
governo pensa em aumentar o emprego e garantir a volta do crescimento. Também
queremos reduzir a inflação, porque sabemos que a inflação corrói a renda do
trabalhador", disse, dando a entender que tem o controle da situação.
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