O setor público consolidado
(Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção da Petrobras e
Eletrobras) registrou um déficit primário de 19,56 bilhões de reais em
novembro, o pior para o mês na série histórica do Banco Central (BC), iniciada
em dezembro de 2001. Em 12 meses o rombo é de 52,41 bilhões de reais, o maior
já registrado como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), em 0,89%.
Resultado veio maior que
projeções de analistas de um déficit de R$ 14 bilhões para o mês(Marcelo
Sayão/EFE/VEJA)
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Segundo dados divulgados pelo BC,
o saldo negativo de novembro foi provocado pelo déficit do governo central
(-21,671 bilhões de reais) e de empresas estatais (-249 milhões de reais),
sendo apenas ligeiramente compensado pelo superávit de Estados e municípios
(+2,352 bilhões de reais).
O resultado veio maior que
projeções de analistas de um déficit de 14 bilhões de reais para o mês,
conforme pesquisa da Reuters. No acumulado dos onze primeiros meses do ano, o
déficit ficou em 39,520 bilhões de reais, também um recorde negativo, e bem
acima do déficit de 19,642 bilhões de reais em igual período de 2014.
Os números ressaltam a forte
deterioração fiscal, afetada pela arrecadação em queda num ano de recessão, e
com medidas de ajuste atenuadas ou emperradas no Legislativo em meio à intensa
crise política.
No começo de dezembro, o
Congresso aprovou a reversão da meta fiscal de 2015 de um superávit primário
para um déficit do setor público consolidado de 48,9 bilhões de reais,
equivalente a 0,85% do PIB. O rombo pode subir a 117 bilhões de reais, ou 2,03%
do PIB, com o pagamento das chamadas pedaladas fiscais e com a frustração do
ingresso neste ano das receitas com leilão de hidrelétricas.
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