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sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Maranhão tem 2º menor rendimento médio e mediano do Brasil, diz IBGE

O Maranhão tem o segundo menor rendimento médio e mediano entre os estados brasileiros, de acordo com a Síntese de Indicadores Sociais 2015 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta sexta-feira (4).
A Síntese de Indicadores Sociais analisa as condições de vida da população brasileira a partir de dados coletados entre 2004 e 2014.
MA tem o segundo menor rendimento médio e me-
diano do país (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

No estado maranhense, o rendimento médio e mediano é de R$ 669,00 e R$ 411,00, atrás apenas do Alagoas, que obteve  R$ 659,00 e R$ 407,00. As maiores razões entre média e mediana encontram-se no Distrito Federal, Rio de Janeiro, Acre, Amazonas e Roraima.
A pesquisa observa que, em 2014, a proporção de indivíduos na classe de rendimento médio e mediano era cerca de 17 vezes maior no Maranhão em comparação com o Estado de Santa Catarina.


Na contramão do país

Os dados também apontam que o Maranhão é um dos estados que realiza movimento contrário ao do país, já que o rendimento médio e o mediano do brasileiro em geral teve crescimento, passando de R$ 828,00 para R$ 1.245,00 e de R$ 439,00 para R$ 732,00, respectivamente, entre 2004 e 2014.
Os números representam crescimento em termos reais de 50,3% para o rendimento médio e de 66,7% para o rendimento mediano, em relação a 2004.

Fatores

De acordo como IBGE, o crescimento brasileiro estaria relacionado a fatores como dinâmica do mercado de trabalho, destacando-se aí o crescimento do trabalho formal e o aumento da taxa de ocupação e do poder de barganha dos trabalhadores.
O IBGE também aponta como fator de contribuição para o crescimento a política de valorização do salário mínimo, que garante aumentos acima da inflação aos trabalhadores que recebem piso salarial, além do contingente expressivo de aposentados e pensionistas e beneficiários de políticas de transferência de renda nos âmbitos federal, estadual e municipal.

Método

A razão entre rendimentos domiciliares per capita médios e medianos também é utilizada como uma medida de desigualdade. Média e mediana diferem na forma de cálculo e também em razão da estrutura da variável estudada.

A média é influenciada por valores extremos. A mediana, por outro lado, corresponde ao valor central da distribuição. Assim, quanto maior a relação entre média e mediana, mais elevada é a desigualdade, pois os altos rendimentos estão influenciando mais fortemente o valor da média e afastando-a do centro da distribuição.

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