O Maranhão tem o segundo menor
rendimento médio e mediano entre os estados brasileiros, de acordo com a
Síntese de Indicadores Sociais 2015 do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) divulgada nesta sexta-feira (4).
A Síntese de Indicadores Sociais
analisa as condições de vida da população brasileira a partir de dados
coletados entre 2004 e 2014.
MA tem o segundo menor rendimento médio e me- diano do país (Foto: Marcos Santos/USP Imagens) |
No estado maranhense, o
rendimento médio e mediano é de R$ 669,00 e R$ 411,00, atrás apenas do Alagoas,
que obteve R$ 659,00 e R$ 407,00. As
maiores razões entre média e mediana encontram-se no Distrito Federal, Rio de
Janeiro, Acre, Amazonas e Roraima.
A pesquisa observa que, em 2014,
a proporção de indivíduos na classe de rendimento médio e mediano era cerca de
17 vezes maior no Maranhão em comparação com o Estado de Santa Catarina.
Na contramão do país
Os dados também apontam que o
Maranhão é um dos estados que realiza movimento contrário ao do país, já que o
rendimento médio e o mediano do brasileiro em geral teve crescimento, passando
de R$ 828,00 para R$ 1.245,00 e de R$ 439,00 para R$ 732,00, respectivamente,
entre 2004 e 2014.
Os números representam
crescimento em termos reais de 50,3% para o rendimento médio e de 66,7% para o
rendimento mediano, em relação a 2004.
Fatores
De acordo como IBGE, o
crescimento brasileiro estaria relacionado a fatores como dinâmica do mercado
de trabalho, destacando-se aí o crescimento do trabalho formal e o aumento da
taxa de ocupação e do poder de barganha dos trabalhadores.
O IBGE também aponta como fator
de contribuição para o crescimento a política de valorização do salário mínimo,
que garante aumentos acima da inflação aos trabalhadores que recebem piso
salarial, além do contingente expressivo de aposentados e pensionistas e
beneficiários de políticas de transferência de renda nos âmbitos federal,
estadual e municipal.
Método
A razão entre rendimentos
domiciliares per capita médios e medianos também é utilizada como uma medida de
desigualdade. Média e mediana diferem na forma de cálculo e também em razão da
estrutura da variável estudada.
A média é influenciada por valores
extremos. A mediana, por outro lado, corresponde ao valor central da
distribuição. Assim, quanto maior a relação entre média e mediana, mais elevada
é a desigualdade, pois os altos rendimentos estão influenciando mais fortemente
o valor da média e afastando-a do centro da distribuição.
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