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terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Moradores da comunidade Cajueiro bloqueiam a BR-135 em São Luís

Moradores da comunidade Cajueiro, nas proximidades da Vila Maranhão, em São Luís, bloquearam nesta terça-feira (23) os dois sentidos da BR-135 em protesto por uma ação de reintegração de posse que aconteceu na última quinta-feira (18). De acordo com os moradores, 19 casas foram derrubadas de forma ilegal. No fim da manhã, após uma longa negociação com uma equipe da Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal, os manifestantes decidiram liberar toda a rodovia. O trânsito no local ainda continua lento.

Comunidade do Cajueiro protesta após retirada de moradias (Foto: João Ricardo/G1)

O presidente da Associação de Moradores do Cajueiro, Davi de Jesus Sá, afirmou em entrevista à rádio Mirante AM, que a empresa WPR foi a responsável pela retirada das moradias. ” O motivo do protesto é que nossas casas que foram derrubadas. Essa empresa vem fazendo tumulto em nossa comunidade. Nós estamos querendo que as autoridades olhem para nós, venham ver a nossa situação. Tinham duas crianças na casa que eles derrubaram, os pais nem estavam no local, é muito chocante. A decisão que a WPR apresentou dizia que não poderia ser erguidas novas construções, mas não falava em retirada”, declarou.


Duas viaturas da Polícia Militar estão no local do protesto e tentam organizar o trânsito. O G1 entrou em contato com o advogado Alfredo Duailibe que representa a empresa WPR. Ele afirmou que a Justiça determinou a retirada de 19 novas moradias do local que foram construídas recentemente. A liminar que foi cumprida na quinta-feira (18) foi de Interdito Proibitório, que é quando uma área privada é ameaçada e o proprietário pede segurança jurídica para assegurar o seu bem.

Ele garantiu que os 106 moradores que já estavam no local estão sendo indenizadas e terão suas moradias asseguradas pelo dono da empresa.  “Nós estamos negociando com os moradores. Nós já negociamos com 87 e agora faltam apenas 18. Todos estão sendo indenizados e poderão continuar no local”.

Fonte: Jornal Pequeno

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