O PM Reis se entregou na noite de ontem (1º)
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O cabo da Polícia Militar Jean Claude
dos Reis Apinajé, de 37 anos, foi apontado, pelo delegado regional de
Imperatriz, Francisco de Assis Ramos, e pelo comandante do 3º BPM, major
Antonio Markus da Silva Lima, como o assassino do produtor e cinegrafista José
de Ribamar Carvalho Filho, 48. O crime ocorreu no último sábado (29), em um bar
localizado no centro da cidade da região tocantina.
O cabo Reis ainda estava foragido no
início da tarde de hoje (2). Seu mandado de prisão preventiva foi expedido pela
juíza Edilza Barros Ferreira Lopes
Viégas.
De acordo com informações da polícia, o
cabo Reis teria assassinado o cinegrafista por vingança, motivada por uma
questão judicial.
Há alguns meses, Carvalho fez uma
denúncia contra o PM por abuso de autoridade na Corregedoria da instituição,
afirmando que o militar teria torturado um sobrinho seu, enquanto este estava
preso.
A elucidação do assassinato foi
comunicada, em entrevista à imprensa na noite de ontem, pelo delegado Francisco
de Assis Ramos, da Regional de Imperatriz.
O comandante do 3º BPM, major Antonio
Markus da Silva Lima, que também participou da entrevista, “lamentou o fato de
a morte do cinegrafista ter sido causada por um membro da PM do Maranhão” e
disse que “a corporação é composta, em sua maioria, por homens de bem”.
Ele afirmou que o cabo Reis era
dependente de drogas e que recentemente ele havia sido retirado do trabalho nas
ruas, e sua arma, recolhida. O major Markus informou que a arma utilizada no
crime não era de propriedade da PM.
O cabo Reis também é acusado de
assassinar, no mesmo dia em que matou o cinegrafista, um homem identificado
como Jhonny, conhecido como “Foguinho”, na área do bairro Bacuri, também em
Imperatriz.
EXECUÇÃO – O crime que vitimou o cinegrafista Carvalho, que
inicialmente foi tratado como uma tentativa de assalto, na realidade foi uma
execução.
José de Ribamar Carvalho Filho estava
num bar do setor Mercadinho, em Imperatriz, quando foi abordado pelo assassino.
Ele ainda correu para os fundos do bar, mas ficou sem saída e foi executado com
cinco tiros. Levado para o Hospital Municipal de Imperatriz (Socorrão), o
cinegrafista não resistiu aos ferimentos.
O velório foi realizado no domingo (30),
na capela mortuária da Igreja Santa Tereza d’Ávila, e o sepultamento, na tarde
de ontem no cemitério Campo da Saudade.
Também ontem, dezenas de jornalistas
imperatrizenses se manifestaram diante de várias instituições, como Fórum, OAB,
Ministério Público e a 10ª Delegacia Regional.
José de Ribamar Carvalho deixou quatro
filhos. Ele era produtor e cinegrafista de um programa policial independente,
exibido pela retransmissora da TV Record em Imperatriz. (Com portais)
Fonte: Jornal Pequeno
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