Ferreira Gullar é eleito o mais novo
imortal da Academia Brasileira de Letras (Foto: Reprodução/GloboNews)
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Mais uma vez o estado do Maranhão se
destaca na Academia Brasileira de Letras (ABL). Agora, o novo nome a ocupar uma
cadeira no prestigiado universo dos literários imortais é o poeta, crítico de
arte, biógrafo, tradutor, memorialista, ensaísta brasileiro e um dos fundadores
do neoconcretismo, o escritor Ferreira Gullar.
Com uma extensa e variada obra, Gullar
foi eleito após a cadeira de número 37 ter ficado vaga, em decorrência do
falecimento do jornalista e escritor Ivan Junqueira no começo de julho deste
ano. Após um pleito, onde teve 36 dos 37 possíveis votos, o escritor maranhense
foi eleito em primeiro escrutínio, membro da ABL, em uma votação que foi
realizada no Petit Trianon, localizado no Centro da cidade do Rio de Janeiro.
Aos 84 anos de idade, Ferreira Gullar,
um dos mais aclamados autores brasileiros vivos, é o pseudônimo José Ribamar
Ferreira. O escritor que nasceu em São Luís no dia 10 de setembro de 1930
publicou seu primeiro livro intitulado "Um pouco acima do chão",
ainda aos 19 anos de idade.
Dentre suas principais obras, destaque
para "A luta corporal", lançada em 1954, "Dentro da noite
veloz", do ano de 1975, "Poema sujo" de 1976 e "Na vertigem
do dia", que chegou ao mercado em 1980.
Cadeira 37
O escritor Ferreira Gullar vai ser
empossado nesta sexta-feira (5), a partir das 21h, horário de Brasília, no
Salão Nobre do Petit Trianon, sede da Academia Brasileira de Letras, situada no
Centro do Rio de Janeiro.
Em nome da ABL, o Acadêmico e poeta
Antonio Carlos Secchin fará o discurso de recepção. Antes, Gullar discursará na
tribuna. Logo após, o Presidente da ABL, Acadêmico Geraldo Holanda Cavalcanti, convidará
os Acadêmicos José Sarney, decano da Casa, para fazer a entrega da espada, o
Acadêmico Eduardo Portella, para fazer a aposição do colar, e a Acadêmica Ana
Maria Machado para entregar o diploma. O Presidente, então, declarará empossado
o novo Acadêmico.
Fundada por Silva Ramos, a cadeira 37
tem como patrono oficial o poeta Tomás Antônio Gonzaga, e já foi ocupada por
Alcântara Machado, pelo presidente Getúlio Vargas, pelo jornalista, empresário
e político Assis Chateaubriand e também pelo poeta e diplomata pernambucano
João Cabral de Melo Neto.
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