Seis senadores apresentaram nesta
terça-feira (19) uma PEC (proposta de emenda constitucional) para que um novo
presidente e um novo vice sejam eleitos ainda em 2016, nas eleições de 2 de
outubro, coincidindo com as eleições para prefeitos e vereadores. A proposta
tem apoio de outros 24 senadores.
Pela medida, os eleitos ficariam
no cargo por dois anos, até o final de 2018. Eles poderiam se candidatar à
reeleição.
O texto foi apresentado pelos
senadores Cristovam Buarque (PPS-DF), Lídice da Mata (PSB-BA), João Capiberibe
(PSB-AP), Paulo Paim (PT-RS), Randolfe Rodrigues (REDE-AP) e Walter Pinheiro
(sem partido-BA).
Além dos seis proponentes, apoiam
a medida: Acir Gurgacz (PDT-RO); Angela Portela (PT-RR); Blairo Maggi (PR-MT);
Ciro Nogueira (PP-PI); Donizete Nogueira (PT-TO); Douglas Cintra (PTB-PE);
Elmano Férrer (PTB-PI); Fátima Bezerra (PT-RN); Gleisi Hoffman (PT-PR); Hélio
José (PMDB-DF); Humberto Costa (PT-PE); Ivo Cassol (PP-RO); Jorge Vianna
(PT-AC); Lasier Martins (PDT-RS); Lindbergh Farias (PT-RJ); Omar Aziz (PSD-AM);
Otto Alencar (PSD-BA); Paulo Rocha (PT-PA); Reguffe (sem partido-DF); Roberto
Requião (PMDB-PR); Romário (PSB-RJ); Rose de Freitas (PMDB-ES); Telmario Mota
(PDT-RR); e Vicentinho Alves (PR-TO).
Em discurso, Lídice da Mata defendeu a proposta.
— Pode ser, sim, uma saída para
um momento político que vivemos, que não implique em apostar em um caminho que
não é capaz de responder à insatisfação e ao tamanho da crise que vivemos. Um
tamanho que exige legitimidade no poder, que exige um governo que tenha força
política para tratar das questões de todo povo brasileiro nesse momento para a
saída da crise.
A medida, porém, foi criticada
por outros senadores, como Marta Suplicy (PMDB-SP). Os opositores da proposta
argumentam que ela afronta o artigo 16 da Constituição, que afirma que
alterações na lei eleitoral só podem vigorar um ano após a promulgação.
Para que a PEC seja aprovada, é
necessário primeiro que ela passe pela Comissão de Constituição e Justiça do
Senado. Depois disso, é formada uma Comissão Especial, que tem 40 sessões para
emitir um parecer sobre a medida. Levada à plenário, a proposta precisa ter o
apoio de 49 dos 81 senadores em dois turnos. Em seguida, o texto segue para a
Câmara, onde precisa do apoio de 308 dos 513 deputados.
Para apressar o trâmite, os
senadores que apresentaram a medida devem requerer urgência. Assim, eles esperam
que o projeto seja apreciado em plenário em maio.
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