A receita para uma vida feliz,
saudável e longa? Aproveitar a vida. De acordo com um estudo publicado
recentemente no periódico científico BMJ, os ingredientes para uma vida longa
incluem sentimentos de prazer e satisfação com a vida.
No estudo, pesquisadores do
University College de Londres, no Reino Unido, buscaram investigar se uma maior
satisfação com a vida teria algum impacto na longevidade. Os resultados
mostraram que sim. Para chegar a essa conclusão, eles pediram que 9.365 pessoas
com, em média, 63 anos, respondessem a um questionário com perguntas sobre bem
estar e satisfação com a vida. Os questionários foram aplicados três vezes,
durante um período de seis anos.
Para medir o prazer e satisfação
dos voluntários com a vida, os participantes avaliaram as seguintes afirmações
em uma escala zero a quatro: “Eu gosto das coisas que eu faço;” “Gosto de estar
na companhia de outros;” “No contrapeso, eu olho para trás com uma sensação da
felicidade;” “Eu me sinto cheio de energia.”
Os participantes que responderam
“nunca ou raramente” a cada uma das quatro afirmações foram classificadas como
não tendo prazer. Indivíduos que responderam com “às vezes ou muitas vezes”
para cada uma das quatro declarações foram categorizados como tendo alto
prazer.
Ao longo dos seis anos de
acompanhamento, 1.310 pessoas morreram. Os resultados mostraram que maiores
níveis de satisfação com a vida foram associados a um menor risco de morte.
Quase 25% dos participantes não tinham nenhum prazer na vida. Cerca de 20%
disseram ter prazer em uma das afirmações, 22% em duas e 34% em três.
O risco de morte por qualquer
causa foi 17% menor entre os participantes que relataram satisfação em apenas
um questionário e 24% mais baixo nos que relataram alto nível de prazer com a
vida nas três ocasiões de aplicação dos questionários, em comparação com o
grupo que relatou satisfação em nenhum momento.
“Estes resultados acrescentam uma
nova dimensão para a compreensão do impacto do bem-estar subjetivo na saúde
física ao documentar uma associação de resposta de um estado prolongado de
bem-estar, complementando os resultados anteriores sobre a intensidade do
bem-estar. Os resultados destacam a necessidade de estudar mediadores
biológicos e comportamentais, a fim de estabelecer os mecanismos através dos
quais o bem-estar subjetivo está associado com resultados de saúde.”, concluem
os autores.
Maiores níveis de prazer na vida
foram observados em mulheres, em participantes casados ou que vivam com um
companheiro, em pessoas empregadas, com maior nível de educação, maior renda e
mais jovens. Os resultados se mantiveram mesmo após serem considerados outros
fatores como educação, sintomas de depressão, problemas de saúde e renda.
Fonte: Veja.com
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