O governo federal vai antecipar o
repasse da complementação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb) para os nove
estados e para os municípios que recebem ajuda da União para pagamento dos
salários dos professores. Os recursos antecipados se referem ao exercício de
2016 e totalizam R$ 1,25 bilhão. O crédito estará disponível nas contas locais
até a próxima quinta-feira (29).
A Lei do Piso (11738/2008) e a
lei que regulamenta o Fundeb (11494/2007) estabelecem que a União deve
complementar a integralização do pagamento do piso salarial do magistério, nos
casos em que o estado não tenha disponibilidade orçamentária para cumprir o
valor fixado. Os estados que recebem reforço da União para pagamento do piso
são: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará. Paraíba, Pernambuco e
Piauí. O maior valor será depositado para o Maranhão, que deve receber esta
semana R$ 312,2 milhões.
Para 2017, o valor a ser
repassado para os estados e municípios será de R$ 1,29 bilhão, dividido em
parcelas mensais a serem depositadas até o último dia de cada mês. O governo
alterou também o valor mínimo pago anualmente por aluno, que passará de R$
2.739,77 para R$ 2.875,03 a partir do ano que vem.
As medidas foram anunciadas hoje
(27) pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, e estão publicadas no Diário
Oficial da União. Segundo ele, o repasse dos recursos do ano vigente era feito
regularmente, de forma acumulada, até o mês de abril do ano subsequente. “Pela
primeira vez, desde 2011, estamos quitando dentro do exercício o total do
compromisso do Fundeb para complementação do salário dos professores nos
estados que recebem esta complementaçãol”, disse o ministro. Até quinta-feira
também deve sair o pagamento do saldo restante de 2015.
As mudanças no cronograma de
pagamento da complementação do piso dos professores foram motivadas, segundo o
MEC, pela necessidade de reordenamento do fluxo da despesa orçamentária do
Fundeb e para dar fôlego aos estados e municípios que não tem renda suficiente
para pagar o piso nacional do magistério. “Com o repasse programado e
organizado dentro do exercício financeiro, a gente vai facilitar a vida dos
estados e municípios que dependem dos recursos e fazer cumprir a lei que define
o piso mínimo para professores de todo o país”, explicou Mendonça Filho.
Mendonça Filho afirmou ainda que
o reajuste do piso salarial deve ser definido até a segunda semana de janeiro
de 2017. O piso atual é de R$ 2.135,64. O Ministro negou que a alteração no
fluxo de pagamento tenha qualquer relação com as denúncias de desvio de
recursos do Fundeb.
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