O
Ministério Público do Maranhão (MP-MA) informou nesta sexta-feira (4) que já
expediu recomendação orientando que Cartórios de Registro Civil de Pessoas
Naturais de Imperatriz (MA), Governador Edison Lobão (MA), Davinópolis (MA) e
Vila Nova dos Martírios (MA) recusem o registro de nomes que possam causar
constrangimento aos portadores.
O
documento foi elaborado pelo promotor Sandro Bíscaro, da 2ª Promotoria de
Justiça de Defesa do Consumidor e dos Direitos Fundamentais de Imperatriz com
base na Lei n.º 6015/1973, que proíbe o registro de nomes e prenomes que possam
expor a pessoa ao ridículo.
O
promotor acredita que o nome civil é sinal da identidade e dignidade humana,
pois traduz a personalidade de seu titular e o põe à mostra perante a
sociedade.
"Nos
deparamos diariamente com pessoas de nomes vexatórios. Isso pode expor a pessoa
ao ridículo, fazendo que tenha vergonha do próprio nome e levando-a a passar
por situações desagradáveis ao longo da vida", argumenta, na recomendação.
Pela
recomendação, o agente que observar a possibilidade de constrangimento em
consequência do nome deve tentar convencer os pais a optarem por outro. Se
houver resistência, o caso deve ser encaminhado ao juiz competente. O registro
nos cartórios deverá ser feito por intermédio do oficial ou suboficial
responsável.
São Mateus do Maranhão
O
caso de uma família foi tema de reportagem especial do G1 nesta sexta-feira. O
soldador João de Deus da Silva decidiu mudar o próprio nome para o apelido Sol
Hidramix Riosraiosparaíso Diforças Hahlmeixeixas Hinfinito, já que a alteração
do nome no documento não foi permitida pela Justiça. A ex- mulher, Maria
Deusamar Alves de Souza, quis ser chamada de Deusa.
O
casal se separou há dez anos, mas a família, que hoje se divide nas cidades de
São Mateus (MA), Brasília (DF) e São Carlos (SP), continou a tradição de usar
nomes incomuns como Jhoeicileifranklinsheixe, Jharkhinawhannekhemilly,
Jhartchankeulamar e Jhardeikleicheck.
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